domingo, 9 de julho de 2017

Generais a mais

Segundo esta fonte, Portugal é o terceiro país na UE com mais militares em relação à população (depois da Grécia e da Bulgária), com uma média muito superior à dos países da União. Além disso, devemos estar no topo quanto ao número relativo de generais, com os inerentes custos financeiros (remunerações e pensões). Mesmo que os referidos números estejam desatualizados, a relação não deve ter mudado muito.
Por isso, a autodemissão de alguns generais por estes dias, em desacordo com o CEME, deve ser aproveitada para reduzir esse excesso, não devendo dar-se a sua substituição. Com a poupança advinda da redução do número de generais talvez se pudesse equipar melhor a segurança dos paióis militares, poupando às Forças Armadas e as chefias militares à humilhação por que há pouco passaram...

Adenda (11/7)
Quanto ao número de generais do Exército, recebi a seguinte informação de um leitor:
  «Relativamente ao “exagerado” número de generais nas FA’s que o senhor utiliza, retirada do CM, pelo menos no que ao Exército respeita, não é bem assim.
  O Exército tem vagas aprovadas para 33 oficiais e possui presentemente 45 generais, distribuídos da seguinte forma: 33 no Exército, 9 desempenham funções na GNR, o CEMGFA é do Exército atualmente, um oficial desempenha um cargo internacional e um outro desempenha funções como assessor do MDN. Assim, em boa verdade, não se podem considerar os militares da GNR como sendo generais do Exército, pelo que existem apenas 3 supranumerários, e apenas isso.
  Mas considerando, ainda que erradamente, os tais 12 oficiais generais supranumerários no Exército, dos 54 enunciados pelo CM e sendo o Exército o ramo que tem maior número de efetivos seria honesto que as suas fontes justificassem na Força Aérea e na Marinha os restantes 42 que excedem o Dec-Lei em anexo, uma vez que no Exército os valores são exatos. Duvido que o atual, e os anteriores Ministros da Defesa, permitissem um número tão elevado de promoções nestes dois ramos, com exclusão do Exército.
  Sobre aproveitar as demissões para reduzir o número de oficiais no Exército, tal é impossível sem alterar a estrutura orgânica do Exército, pelo que a sua proposta não poderia ser assim realizada de imediato.»